segunda-feira, 10 de maio de 2010

...resposta....



Estou aqui! Nos verdes campos deitado,
sobre o segredo da erva,
a vacilar entre a lenda e a razão,
a paixão e a loucura...
Não sei, se realmente este cheiro,...
de papoilas e alecrim,
é vivo ou servo de um pàssaro
que me esvoaça na alma....
Estou longe, mas nem tão longe assim,
que não possa sentir o fervilhar de teu ventre,
estou perto, mas nem tão perto assim,
que de tua péle sacie a demência da água....
sou assim, mas sou,
ou apenas me invento,
e no silêncio, morri assim.....

Nimbus

3 comentários:

Anónimo disse...

Grita, porque não conheces o silêncio...

Caminha, sem conheceres as ruas...

Beija-me, como se fosse a última hora do dia... do mundo...

Escolhi-te para percorreres comigo as arestas do meu (não) viver... entre escuridões em uníssono com palvaras (por vezes) senis... cantadas ao som das nuvens que nunca passaram...

...e dos barcos...

...que se avistam no horizonte embriagados de maresia remota e noites violentas...

...infindáveis...

...que acabam em saudade de ti...


Bebe mais um copo.

Repousa a tua mão na minha efémera consicência... mas espera.

Deixa me escrever o teu nome na minha distracção... aqui... neste sitio monótono onde muitos sorriem... tristes... à procura de um abraço acolhedor, com sabor a licor de canela.

Escrevo o teu nome no meu olhar... para que saibam que eu...

...tenho sabor a amêndoa amarga na tua boca...

...comprometida às tuas mãos quentes em mim... nas tardes que não são de ninguém...

Não quero mudar nada...
Não quero.

(Só) quero adormecer nos teus braços...na despedida que não foi feita... porque ambos sabemos que ela nunca existirá....

Beijo...

Nimbus disse...

...nosso....

Anónimo disse...

... sempre...