terça-feira, 11 de maio de 2010

Faz de conta....



Faz de conta,
que estás aqui,
e que comigo prenúncias
por ordem
o silêncio, o murmúrio e o desejo,
faz de conta,
que caminhas a meu lado
pela estrema da cama
e incendiamos o pólen dos anjos,
faz de conta,
que a distância é tão curta,
que nem a notamos esfriar a vidraça,
faz de conta,
que em plena praia
inventamos a areia e a maré
e nela sucumbimos a partir,
faz de conta meu amor,
que nem eu, nem tu,
secamos as eiras de abraços,
nem os trilhos e sebes da cassiopeia,
faz de conta,
meu amor,
que fostes tu,
que me escrevestes,
e que
eu amei......


Nimbus

1 comentário:

Anónimo disse...

Quero engravidar os olhos com as tuas pupilas para nunca mais adormecer sem te ver...

Trago o amor preso à garganta e já não respiro sem ti...

É dentro das tuas noites que o meu dia acontece...

...


Ganho ao tempo as contas que o sorriso faz e amanheço na tua noite quando me descubro em ti...

Sobrevoa o meu mar de rompante e aterra cá dentro... sabes onde te aninhar...

E constrói barricadas de frases e sorrisos capazes de me revolucionarem por dentro...

...


É por isso que todos os dias te redescubro no interior de mim...

Há candeias acesas no meu ventre... para que nunca te percas...