sábado, 8 de maio de 2010
Não posso adiar o amor
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
António Ramos Rosa
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Seria bom se ninguém adiasse o amor, deixasse ele florescer pro mundo. Uma pena que isso muitas vezes fica só na vontade.
Um abraço.
Enviar um comentário