domingo, 14 de março de 2010

Procurei-te toda a noite...


Procurei-te toda a noite,
mas não resisti
a vinho e bordéis,
vodka, coxas e seios,
e talvez embriagado
alucionei-te num ventre
de utopia
Mas simplesmente não eras tu!
Segui os boatos das esquinas
a aragem de tua pele,
Mas nunca,
Nunca,
te encontrei.....
Ou apenas,
Apenas te criei
Para não morrer só.....
Nimbus

1 comentário:

Anónimo disse...

Penso ver quem não vejo...

Ilusões que tentam satisfazer o meu desejo e ao mesmo tempo tortura-lo...

As caras parecem-me todas familiares.Os sítios continuam a ser sempre os mesmos... sei que por fraqueza minha nunca os deixarei.

Escrevo... para manter as minhas crenças.

Façam-me acreditar... não quero saber em quê... desde que acredite.

A minha mente prega-me constantemente partidas ... e o meu subconsciente continua a dizer-me que a razão está errada.

Mas a razão espreme-me as entranhas...

Penso que já não sei o que é respirar... sustenho a respiração durante horas... respiro de forma descompassada ...

...só sei que todo o ar do mundo me é pouco.

Caminho para fingir que não perdi o rumo...

Nada bate certo... e eu não quero pensar nisso.

Passo o tempo a pensar em não pensar nos porquês das coisas e tu és a última coisa em que eu penso em não pensar antes de cada adormecer...

Mas eu já nem durmo... exceptuando as vezes em que durmo acordada...

Observo o vazio como se alguma coisa ainda estivesse lá...

Olho para trás tentando dar significado ao que lá ficou...

O presente anulou-o como se tudo se tratasse de uma mentira...

Os risos que me atormentam parecem saídos de filmes... mas não me lembro de ter sido uma das suas personagens principais... não me lembro de os ter vivido... não me lembro a que é que sabem...

Fico a ver as nuvens passar... esperando que o tempo passe também e, eventualmente, acabe com tudo isto de vez.

Só quando fecho os olhos e começo a andar ás voltas sobre mim mesma... é que consigo perceber que passei a viver numa constante alucinação...