sexta-feira, 12 de março de 2010


.... e entre os repteis de ferro
que sussurram gritos de aflição,
como que sendo violados
pela ãnsia de suas presas,
fiz-me hóspede de ti,
e
murmurei,
Amo-te,
como se tuas pupilas
me denunciassem
dos crimes em que fui cúmplice.....
Eu também,
preferia que me abandonasses de vez
e que teus oradores
incessantes e hunos
me vendem-sem como escravo
a uma atalaia sem castelo.......
Nimbus

2 comentários:

Unknown disse...

:) muito bonito...

Anónimo disse...

As palavras gritam vazias toda a vontade de um corpo...

A vontade da terra que arranca de seu aroma todo um silêncio que ecoa em gritos mudos
e dele reconstroi em migalhas toda uma prisioneira liberdade...

... a vontade de ser...
... de viver...
... de (se) encontrar...

Decifro letras em dedos doridos e sentidos...

Repuxo lembranças em sonhos distantes e inacabados... e a eles entrego o pensamento...

Traduzo(me) assim...

Deixo que eles me iluminem como uma estrela fugaz... ou o renascer de uma pétala... ou o bafo de uma onda qualquer no espumar de um azul imenso do que um dia foi mar...

E tudo fica mais leve... mais claro no que não sou nem nunca fui...

Tudo sinto como uma longínqua brisa suave que me afaga... que me presenteia com gotas salinas perfumadas ...

É assim...

... um constante doce amargo imprevisivel nesta vida...

O que nos resta???

... não muito ...

... apenas o querer ser somente ave de rapina...

... algures liberta num céu...