Uma matilha
procura em ti abrigoe as palavras são agora
uivos
sinos e gemidos,
Finalmente minhas asas
tomam a forma de uma montanha
e deixem o vale
pelo declive de tuas coxas,
Deixa que o silencio
navegue em ti
que o passado e a saudade
sejam o frio do mistral
que o amanhã
não seja desejo
mas surpresa
deixa dormir em ti
as memórias
o som infernal do vulcão,
Irei
como cheguei
não ouvirás meus passos na calçada
nem o postigo da porta
a gemer pela invasão de minha mão,
Longe
a tua pele
transforma-se em papel
que conquisto
com a tinta da caneta
como meus lábios
a beber todos os recantos de teu corpo,
A escrita
procura-te
mas não te beija,
Quantos falsos profetas
nos vão ainda bater á porta
e nos prometer
noites e dias
de orgasmos prateados…
Nimbus
3 comentários:
Chegou com os olhos exaustos, em busca de abrigo...
Abrigo fui... corpo solto sob o vento
A mim sobrou seu jorro, seu suspiro, seu suor, seu olhar...
Ao fechar os olhos cansados, por fim sonhou comigo...
Sonhou o mesmo sonho, procurou o mesmo abrigo...
Avé...
maria ou césar?
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