sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Não mais chaves...

Não mais chaves
nem portas
para nos separar desta estranha forma de felicidade.
Consegues ouvir os cavalos?
Seus cascos
a gemer no asfalto o chicote?
E tu
com luvas de lã
a acariciar os arreios,
como que se no ventre
carregasses as ostras
e sua geleia,
Depois
como mariposa
enfrentas o rosto da loucura,
e nunca mais serás o mesmo….


Nimbus

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma mão cheia de nada
Sem nunca me esquecer de ti
Por entre os dedos passam correntes de um sonho de sempre...

Pela noite, fico com as mãos vazias
Gritando aos quatro ventos
Agonia solitária que prende a respiração em becos escuros...

Chaves...

Todos nós as temos... duas ou três
Guardam coisas remotas do passado
Invocando o que foi selado...

Devaneios das aves, movendo remos, evitando a queda no acolher de memórias... nos nós de cabelo, desfeitos com o sabonete de menta no alpendre do meu sentir...